até que eu decidi...

Tomar uma decisão. Essa sempre foi uma das tarefas mais difíceis na minha vida. Ter que fazer uma escolha, sem exagero, me amedronta até hoje. E isso vai desde as escolhas mais simples, até as mais arriscadas. Desde criança as escolhas me assustam. No fundo, existia uma vozinha na minha cabeça que insistia em repetir que "eu não tinha sorte", que só fazia escolhas erradas, que se existissem duas alternativas, com certeza, eu iria optar pela ruim. O tempo foi passando e cada vez mais eu me convencia que sorte não era para mim, afinal nem rifa eu ganhava (como se eu nem comprava rifa?). Cada vez que me encontrava frente a uma escolha, que eu julgava ser importante, o medo e a certeza de que eu faria besteira tomavam conta de mim. Se o tempo não estivesse ensolarado, logo vinha a dúvida de levar ou não o guarda-chuva. Mas é claro que se eu não levasse iria chover torrencialmente, então, com o tempo, a sombrinha ganhou "cadeira cativa" na minha...