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Mostrando postagens de 2018

Tá Tudo Bem Mesmo?

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Existe um exercício, amplamente utilizado para explorar questões mal resolvidas do passado, onde se sugere que o nosso eu do agora (momento presente), encontre com a criança que fomos um dia. Particularmente, sempre simpatizei com essa técnica e, muitas vezes, apliquei inclusive durante as sessões guiadas de meditação. Muitas questões e insights já sugiram. Escutei diversos relatos sobre cheiros, gostos e sensações emotivas despertadas durante as sessões. Remorsos, mágoas, alegrias, saudades..., mas nunca nada parecido com os relatos transcritos nos comentários de uma post, de uma página de humor.   O que aconteceu foi que ao invés de despertar o senso de humor nos seguidores, esse post se transformou num gatilho para o relato de diversos “avisos” para suas crianças do passado. E não eram avisos do tipo “se alimente melhor”, “estude mais”, “conviva mais com seus pais”... Eram alertas do perigo eminente personificado em vizinhos, parentes, pais de am...

A Monja, o Karnal e o Narciso

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“O Inferno Somos Nós”. Esse é o nome do livro escrito em conjunto por Leandro Karnal e Monja Coen. Jogo ganho. Deleite garantido. Na verdade minha única crítica é que, uma obra que resulte do encontro de dois seres de tamanho conhecimento, seja tão pequena. Não em conteúdo, mas em extensão. São pouco mais de cem páginas. Basicamente a transcrição de um diálogo entre os autores. Mas rica em valores e “conselhos”. A monja mais pop de todos os tempos, fornece ali o que deveria ser adotado como as bases da boa convivência. Tolerância, respeito, bom senso e muito bom humor. Tudo que se apresenta em escassez no nosso convívio. Os embates nas redes sociais agora se mostram cada vez mais comuns nos grupos de Whatsapp. A chateação que antes se restringia a ter que dar “bom dia’ aos inúmeros grupos e receber fotos e vídeos que acabavam com a capacidade do smartphone, agora vem dando espaço às discussões. Grupos da escola, da faculdade, do condomínio, dos pais dos colegas de escola dos...

Lá vem o pato, pata aqui, pata acolá...

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"Era uma vez uma pata que colocou vários ovos. Destes ovos nasceram lindos patinhos, com exceção de um, que não era só feio, mas era maior e mais desengonçado que os outros. Então, seus irmãos, o apelidaram de patinho feio. Ele não conseguia se encaixar naquela família e ele ficava cada vez mais infeliz. Quando cresceu, e ficou jovem, ele resolveu fugir de casa. Então, em uma noite, pegou suas trouxinhas e foi embora. Ele chegou perto de um lago onde existiam vários cisnes, e então ele ficava imaginando como seria bom se ele fosse bonitos como eles. Foi quando ele viu sua imagem refletida no lago. Ele era um deles. Finalmente ele havia se encontrando: ele não era um patinho feio, mas sim um lindo cisne."   Sim, a história do Patinho Feio. Uma das tantas histórias que permearam minha infância, mas, sem dúvida, a que mais me chamava atenção. Isso porque eu me sentia o próprio patinho feio. Diferente de todos. A peça que não se encaixava, e que cada vez mais se reco...

até que eu decidi...

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    Tomar uma decisão. Essa sempre foi uma das tarefas mais difíceis na minha vida. Ter que fazer uma escolha, sem exagero, me amedronta até hoje. E isso vai desde as escolhas mais simples, até as mais arriscadas.   Desde criança as escolhas me assustam. No fundo, existia uma vozinha na minha cabeça que insistia em repetir que "eu não tinha sorte", que só fazia escolhas erradas, que se existissem duas alternativas, com certeza, eu iria optar pela ruim. O tempo foi passando e cada vez mais eu me convencia que sorte não era para mim, afinal nem rifa eu ganhava (como se eu nem comprava rifa?). Cada vez que me encontrava frente a uma escolha, que eu julgava ser importante, o medo e a certeza de que eu faria besteira tomavam conta de mim.   Se o tempo não estivesse ensolarado, logo vinha a dúvida de levar ou não o guarda-chuva. Mas é claro que se eu não levasse iria chover torrencialmente, então, com o tempo, a sombrinha ganhou "cadeira cativa" na minha...