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Mostrando postagens de 2017

Precisamos falar sobre Burnout

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A síndrome do esgotamento profissional, mais conhecido como burnout, tem ganhado cada vez mais as manchetes nos dias atuais. Profissionais sobrecarregados por prazos, resultados, acúmulos de tarefas, relacionamento ruim com colegas e chefias, falta de tempo, má qualidade de vida (saúde, emocional), entre outros, sentem cansaço físico e mental, falta de energia, sensação de incompetência, sintomas depressivos... Enfim uma tempestade interna, que muitas vezes nem é identificada por quem está à sua volta.   Nesse turbilhão, a parte mais primitiva do nosso cérebro entra em ação, e tendemos a agir pelo impulso de luta ou fuga. Lutamos pela sobrevivência ou fugimos. Fugimos de diversas formas. Há quem fuja pela sobrevivência, há quem fuja da realidade, há quem fuja da vida.         Nem sei dizer quantas vezes me senti exausta, irritada, com vontade de sumir, de ter um acesso de raiva. Não tenho ideia do número de vezes que me senti ...

O que você vê?

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Na minha opinião, enxergar ou simplesmente olhar algo são coisas completamente diferentes. Pois com exceção dos 39 milhões de pessoas com deficiência visual existentes no planeta, os demais tem o privilégio de olhar as coisas ao seu redor. Mas isso não quer dizer que esses enxerguem a natureza do que acontece no decorrer da vida. E nisso reside um tremendo desperdício.   A visão compõe um dos nossos cinco sentidos (visão, audição, olfato, paladar e tato), que nada mais são do que canais, através dos quais se pode perceber o mundo.   Os olhos constituem o principal órgão da visão. O portal através do qual as imagens adentram nossa mente, para que posteriormente sejam processadas pelo nosso cérebro. E esse processamento nada mais é do que uma interpretação, feita pelo nosso modelo mental, daquilo que estamos vendo. E é aí que as imagens ganham significado, de acordo com nosso "jeito de ver o mundo".     Você já deve ter ouvido falar...

E aí, quem é você na fila do pão?

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  Já perdi a conta de quantas vezes me deparei com essa pergunta, supostamente retórica, nas redes sociais, em programas de televisão ou "memes" que para mim nunca fizeram o menor sentido. Afinal, estando ou não na fila do pão, eu continuo sendo a mesma pessoa. Só mais uma entre as outras tantas. E é aí que mora o problema do povo que gosta de postar/usar a tal expressão "quem é você na fila do pão?".   Depois de dar muitos "Googles" na tal pergunta, cheguei ao meu próprio consenso (entre meu EU consciente e as muitas opiniões da internet): "quem é você na fila do pão?" se refere a "quem é você dentre outros tantos?". Cheguei a ficar contente com essa primeira descoberta, pois diante disso, as pessoas finalmente estariam dispostas a conhecer umas às outras. Mas é claro que a ideia central dificilmente seria essa. É só prestar atenção em que ocasiões a expressão é usada, e logo se vê que não existe preocupação com o outro. Exist...

Como nossos pais...

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    Costumamos ouvir pais e mães dizendo que se matam trabalhando para dar aos filhos as oportunidades que não tiveram. É aí que me pego pensando até que ponto isso virou "lugar comum", ou melhor, quase uma auto justificativa para as rotinas absurdas de trabalho a que nos submetemos, ou por acreditamos que é nosso único meio de sustento, ou por sermos adictos das nossas carreiras profissionais. É claro que é preciso estar preparado para ter melhores chances, mas o que me intriga é que não sabemos para o que devemos prepara-los. Será que já paramos para pensar nisso ou simplesmente estamos "seguindo a boiada"?   Num mundo globalizado é preciso saber inglês. Ok, acredito fortemente que sim, pois isso amplia nosso acesso ao mundo. Mas é fundamental? Na minha opinião não. Então, se não começarmos a aprender inglês no jardim da infância, poderemos sobreviver? Acredito que sim. Mas, se não tivermos tempo para brincar ou simplesmente ficar sem...

Queria ter arriscado mais...

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  "Epitáfio" (substantivo masculino): do grego antigo, e que significa, literalmente, 'sobre o túmulo'. É um texto inscrito em lápides e placas que buscam homenagear o defunto. Normalmente é redigido em versos, mas há exceções.   Você já deve ter escutado alguma vez a música do grupo Titãs, chamada "Epitáfio". Senão, ou se não se lembra da letra, por favor, preste atenção aos versos abaixo:   "Devia ter amado mais Ter chorado mais Ter visto o sol nascer Devia ter arriscado mais E até errado mais Ter feito o que eu queria fazer...   ...Devia ter complicado menos Trabalhado menos Ter visto o sol se pôr Devia ter me importado menos Com problemas pequenos Ter morrido de amor.."   Não te parece estranho que em momento algum, a música que fala sobre os grandes arrependimentos da vida, não faça menção à experiências como: ter tido uma vida de luxos, ter dirigido os melhores carros, ter usado as mais caras joias, ter provocad...

#ALetraDasPessoas

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Dia desses, numa conversa com meu filho de doze anos, ele me contou que um de seus amigos estuda em uma escola onde o tradicional caderno praticamente foi extinto. Os alunos utilizam o tablete ou o notebook em sala de aula. Confesso que, do alto dos meus quarenta anos, fiquei pasma com a informação. Ok, sei que em algum lugares, especialmente nos EUA, a escrita cursiva (ou à mão), já foi abolida, tendo sido substituída pela digitação direta. Não que eu seja uma pessoa retrograda, ou contrária às novidades hightech, afinal até mesmo nos aplicativos de comunicação está cada vez mais comum o envio de mensagem de voz ao invés de mensagens escritas (digitadas), mas em minha mente se instalou de imediato uma preocupação: "e quando essas crianças irão usar a caligrafia?".  Comecei então a questionar a validade da minha preocupação. Será que estou operando com sistema ultrapassado? Talvez tenha sido essa a reação das pessoas quando surgiu a pr...

O que não está em movimento está morrendo...

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Quantas versões de você mesmo existiram ao longo da sua vida? Suas ideias, crenças religiosas e políticas, preferências gastronômicas, amizades... Caso você esteja, como eu, "na casa dos quarenta", deve lembrar quem era você aos vinte e poucos anos. Lá no início da construção da vida adulta, quando as certezas ainda são bem poucas e as oportunidades são inúmeras. Quais eram suas crenças? E seus objetivos? Provavelmente ao longo do caminho, no desviar das pedras, ou em alguns tropeços, essas crenças e objetivos foram sendo refinados, alterados ou até esquecidos e substituídos.   O renomado matemático Blaise Pascal, criador da Teoria das Probabilidades e daquela que seria a percursora da máquina de calcular, é o responsável pela celebre frase: "Não tenho vergonha de mudar de ideia, porque não tenho vergonha de pensar."   Somos obras em construção. A todo momento somos assolados por noticias, informações, criações... É preciso acompanhar a evolução dos tem...

Ação e Reação de Newton à Madre Teresa

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Conforme a terceira lei de Newton, toda ação corresponde a uma reação de mesma intensidade, mas de direção e sentidos opostos. Isso explica como você determina a intensidade com que a bola de squash será arremessada pela parede até seu adversário.  Se sua raquetada contra parede for com alta energia aplicada, a bola retornará no sentido contrário, para o outro jogador, também com intensidade elevada de energia. Ação e reação. Física básica.   Agora vamos considerar a psique humana; em um experimento perturbador realizado em Iowa, uma professora primária, no início da aula disse aos alunos que quem tivesse olhos claros seria superior àqueles de olhos escuros. Inicialmente os alunos de olhos castanhos reclamaram, mas a professora, em tom autoritário, usou de argumentos como "pessoas de olhos claros são mais inteligentes, educados e legais que as de olhos escuros", para convencer os alunos. Ela também fez com que os alunos de olhos escuros se ...

In Einstein I Believe

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   Essa semana uma notícia ganhou as manchetes dos jornais e revistas do mundo: um bilhete, escrito a mão por Albert Einstein, foi arrematado por 1,5 milhões de dólares. Pois é.   É bem provável que você já tenha ouvido falar de Albert Einstein. Talvez saiba que ele foi um físico, mundialmente famoso, e ganhador do Prêmio Nobel de Física pela Lei da Relatividade (considerada a contribuição científica mais importante do século XX). Ou talvez só conheça aquela famosa foto em que Einstein mostra "léguas" de língua, tornando-se despretensiosamente, o físico mais pop de todos os tempos.     Diante da manchete sobre o bilhete de 1,5 milhões de dólares escrito pelo físico mais reconhecido do mundo, imediatamente imaginei que a mensagem ali manuscrita dizia respeito a outra grande descoberta na área das ciências exatas. Caso eu estivesse no Show do Milhão* (ou algum programa de perguntas e respostas da atualidad...

Espelho, espelho meu...

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  Viktor Frankl foi um médico psiquiatra austríaco que nasceu em Viena em 1905. Em 1942, Viktor, já exercendo a psiquiatria, foi capturado pelos nazistas junto com sua família. Seus pais foram assassinados e ele foi separado da esposa Tilly*1, de quem só tornaria ter notícias na década de 90, pouco antes de morrer vítima de um ataque cardíaco.  Foi em Auschwitz que ele começou a formular sua teoria sobre o sentido da vida. Frankl acreditava que "quem tem um porquê enfrenta qualquer como", ou seja, em função de um propósito se pode enfrentar qualquer situação. No caso dele, uma situação extrema: níveis elevados de tortura, fome e frio (seu "como"), para que um dia pudesse reencontrar Tilly (seu "porquê"). Seu propósito. Assim  nasceu a Logoterapia, uma terapia baseada na busca do indivíduo pelo sentido da sua vida. Ou seja, cada um de nós é responsável por si e o sentido da nossa existência mora no AUTOCONHECIMENTO.   Simples assim! #SóQ...

Quem "ixtá lá"?

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Que saudade dá de atender o telefone e ouvir, seguida daquele “brado retumbante” de múltiplos ôôôôôô´s, a frase típica dele: “quem ixtá lá?”. Afinal, pra quê dizer alô quando se atende o telefone, quando se pode ter um jeito todo particular como esse? Mas esse era só dele. Só ele sabia fingir aquele sotaque português, que mais parecia um carioca fingindo ser português (mas isso eu nunca disse pra ele), pra perguntar quem estava do outro lado da linha. Sendo que na verdade a intensão nem era essa. A intensão era sempre deixar tudo mais leve, nem que fosse o simples fato de atender um telefone. Assim era ele. Só ele era assim. Afinal, quem mais conversava durante horas com algum desconhecido que que ligou para o seu número por engano? E, pra quem se lembra da época da lista telefônica, sabe o horror que era ter que procurar alguma coisa naquela “enciclopédia”. Mas não pra ele. Na verdade acho até que ele gostava de ter algo pra procurar naquela “bíblia”. Ele tinha até uma pequena coleç...

Ok, não posso ignorar a baleia azul...

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Durante os últimos dias o assunto que mais tem aterrorizado, e com muita razão, mães e pais, de crianças e adolescentes do mundo todo, é o tal “desafio da baleia azul”. Para quem ainda não sabe do que se trata segue aqui um link de um vídeo bastante esclarecedor.   Todos os dias são noticiados mais e mais casos a respeito de jovens que se envolveram nesse desafio, fotos, mensagens, notícias de suicídio, em que não se sabe da veracidade ou não dos fatos. Mas na dúvida, ainda mais em se tratando de vulneráveis, todo cuidado é pouco. Assim, os grupos de whatsapp, as postagens do facebook, os twitters... estão alimentando as discussões de pais e mães sobre o quanto expor ou não seus filhos às redes sociais, aos meios eletrônicos, enfim, à enxurrada de facilitadores de acesso que temos atualmente e que não existiam no nosso tempo (tomo a mim como referência, no auge dos meus “quase” 40 anos).  A grande questão dos tempos atuais, e que ainda tomou maior proporção com o caso da balei...